Permita-me leitor escrever este texto na primeira pessoa.
Conheci Antônio Edson quando ainda era criança. Morava na Rua XV de Novembro e estudava no colégio do mesmo nome.
Jogávamos futebol de botão, Antônio já rapaz, eu próximo de entrar na adolescência.
Jovem ainda, ele já tinha o jeito cordato, educado, que carregou consigo toda a vida.
Antônio Edson nos deixou ontem à tarde, uma perda irreparável nesta Garanhuns que valoriza mais o dinheiro, o status social, que a inteligência e o caráter.
Ele foi professor da rede estadual, advogado, radialista e vereador do município por três mandatos.
Também trabalhou no cartório de Palmeira dos Índios, tendo ingressado lá por concurso público. Na política começou no antigo MDB, junto com Souto Dourado, que foi prefeito. Depois se ligou a Ivo Amaral, tendo sido presidente da Câmara, Secretário de Governo de Amílcar Valença e diretor do jornal O Monitor, à época um jornal de prestígio na cidade. O Antônio Edson que conheci era uma pessoa inteligente, simpática, de muitos talentos e de grande caráter.
Embora tenha exercido mandatos políticos, desconheço alguém que não gostasse dele, que falasse mal de sua pessoa, ou que fosse seu inimigo.
Na rádio, era o nosso Luís Cavalcanti, um comentarista esportivo de primeira. Aliás, Antônio Edson sabia tudo de futebol, de Garanhuns, de Pernambuco e do Brasil.
Ivo de Souza, Aluízio Alves, Humberto de Moraes, Solon Gomes e Antônio Edson estão entre os maiores ícones da radiofonia garanhuense e não podem jamais ser esquecidos.
Ex-prefeito Ivo Amaral, que teve o vereador como aliado e o homem público como amigo, por toda a vida, destaca ele como “um companheiro fiel e uma pessoa de boa fé”.
Segundo Ivo, quando começou na política Antônio estava mais ligado à esquerda, depois se ligou a sua corrente política e depois se tornou uma figura acima das ideologias.
“Prestou grandes serviços a Garanhuns e nos fará muita falta”, frisou Ivo Amaral.
Kitty Lopes, nossa adorável colunista, começou no jornalismo quando Edson foi diretor de O Monitor. Ela o define como “um homem nobre, de fala mansa, educado de essência”.
Kitty relembra que teve o prazer de trabalhar com ele no jornal da prefeitura e diz que a última vez que o viu foi no estacionamento do supermercado Bonanza. “Estava no carro, com o mesmo sorriso de sempre”, recorda a jornalista.
Antônio Edson se foi deixando uma marca forte. Muitos amigos e admiradores. A esposa Verônica e três filhos.
Prefeito Izaías Régis, através de nota, lamentou a morte do ex-vereador e decretou luto oficial no município por três dias.
Deus receba nosso amigo com toda glória, pois ele é merecedor de muito mais que um texto simples como esse. Nossos sentimentos a toda família.
Roberto Almeida
Clique aqui e confira a homenagem da Universidade da Criança a Antônio Edson
Mín. 20° Máx. 28°
Mín. 19° Máx. 29°
Sol com algumas nuvensMín. 19° Máx. 29°
Sol e Chuva